Vitória libera pesca assistida e recebe críticas de Ibama e biólogos
A cidade de Vitória, no Espírito Santo, anunciou a liberação da pesca assistida, medida que tem gerado polêmica e críticas por parte do Ibama e de biólogos. A decisão levanta preocupações sobre os possíveis impactos ambientais dessa prática.
O Ibama destaca a importância de realizar uma análise detalhada da situação, visando informar e esclarecer pontos-chave relacionados à pesca e à conservação do meio ambiente. É fundamental que todas as ações humanas que envolvem a exploração dos recursos naturais sejam realizadas de forma controlada, a fim de evitar danos ao ecossistema.
No caso específico da pesca, é necessário adotar medidas de gestão adequadas, como restrições temporais, áreas de exclusão e regulamentação dos tipos de redes permitidos. Além disso, é importante considerar a seletividade dos métodos de pesca, levando em conta que algumas técnicas são mais prejudiciais do que outras.
Diante disso, fica claro que o conceito de pesca assistida não deve ser automaticamente considerado prejudicial ao meio ambiente. Desde que sejam adotadas as medidas de gestão apropriadas, é possível conciliar as atividades pesqueiras com a conservação dos recursos naturais. Para isso, é essencial avaliar constantemente a capacidade das populações pesqueiras e controlar o esforço despendido na área para garantir que não seja excedido.
Além disso, ao tomar decisões sobre regulações pesqueiras, é fundamental levar em consideração outros usos do espaço, como o uso recreativo, a navegação turística e a promoção da conservação da biodiversidade.
No entanto, é importante ressaltar que existem regulamentações atuais que proíbem o uso de certas técnicas de pesca na Baía do Espírito Santo, onde se localiza Vitória. Apesar disso, alguns pescadores têm desrespeitado essas restrições e continuam realizando a pesca clandestinamente nas áreas proibidas. Esse comportamento tem gerado discussões sobre a legislação atual.
Diante desse contexto, o Comitê Estadual de Gestão Compartilhada para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca no Espírito Santo (COMPESCA-ES) se reuniu para discutir uma proposta que visa regulamentar a pesca assistida como forma de conciliar as atividades pesqueiras com a conservação do meio ambiente.
No entanto, após uma operação conjunta da fiscalização pesqueira organizada pelo município de Vitória em colaboração com o Ibama, Polícia Federal, Polícia Ambiental e Marinha brasileira, os pescadores passaram a exigir mudanças na legislação. Eles buscam apoio político para rever as regulamentações existentes e discutir abertamente sobre a regulamentação da pesca assistida.
Diante das pressões exercidas pelos pescadores e da falta de discussões adequadas sobre a revisão das regulamentações e a regulamentação da pesca assistida, o município de Vitória assinou um projeto de lei que pretende alterar a legislação municipal. Esse projeto visa aprovar um decreto para regular a pesca assistida sem um amplo debate com a sociedade.
O Ibama oficialmente solicitou ao município de Vitória que suspenda qualquer procedimento de aprovação do decreto até que ocorram discussões mais abrangentes sobre o assunto, envolvendo todas as partes interessadas, inclusive o próprio município. Vale ressaltar que existem proibições federais atualmente em vigor para essa área.
Diante dessa situação delicada, a pesca assistida surge como uma opção viável e compatível com a conservação dos recursos naturais, desde que sejam estritamente observadas as medidas de gestão já estabelecidas. O Ibama convocou uma reunião do COMPESCA para discutir as questões em pauta.
Resumo da Notícia |
---|
Declaração do Ibama sobre pesca assistida |
– Ibama solicita suspensão de aprovação de decreto – Pescadores exigem mudanças na legislação – COMPESCA convoca reunião para discutir o assunto |
Com informações do site A Gazeta ES.