PSB Prepara Terreno para Eleição em Vitória com Aliados Estratégicos

O cálculo do PSB para a eleição de Vitória

Em um relatório altamente aguardado sobre o futuro político do estado, destaca-se o Partido Socialista Brasileiro (PSB), vencedor das eleições municipais de 2020 com um total de 13 vitórias. O partido está agora preparando suas estratégias para as próximas eleições em 2024 e a gestão subsequente liderada por Renato Casagrande em 2026. Um dos primeiros passos dessa preparação é estabelecer uma base sólida durante as eleições municipais em Vitória. Essa medida visa calcular o número de aliados necessários para futuras manobras políticas no Senado, onde a participação de Casagrande será vital, assim como para identificar potenciais sucessores que receberão a aprovação do governador para ocupar o Palácio Anchieta.

Uma possível candidatura do deputado estadual Tyago Hoffmann, também membro do PSB, em Vitória desperta grande interesse. Se confirmada, sua campanha seria substancialmente diferente daquela conduzida por Sérgio Sá nas eleições passadas pelo PDT. Em 2020, Sá, então vice-prefeito na administração de Luciano Rezende II (Cidadania), enfrentou conflitos com seu antecessor. Sua coalizão política incluía partidos como Rede, Pros, Progressistas e PMB.

Do ponto de vista do PSB, a candidatura de Tyago poderia ser uma maneira eficaz de unir forças no espectro político da centro-direita e enfraquecer os concorrentes em Vitória – notadamente o prefeito Lorenzo Pazolini. É importante lembrar das eleições municipais de 2020, quando o PSDB (agora afiliado ao Cidadania) apresentou uma candidatura separada através de Neuzinha. Enquanto isso, o Cidadania estabeleceu uma chapa que contou com a participação do deputado estadual Fabrício Gandini, além dos partidos PSC, PSL, Podemos, PDT, PV e Avante. Todos esses partidos têm em comum o fato de terem apoiado a reeleição de Casagrande no ano anterior.

Para o PSB consolidar sua posição atualmente, é necessário testar a lealdade de seus aliados e tomar decisões difíceis. Progressistas, por exemplo, tem manifestado desejo de trilhar um novo caminho a partir de 2024 para se tornarem protagonistas em 2026. Comandados pelo prefeito Lorenzo Pazolini, eles têm flertado com os republicanos. Essa incursão é legítima para um partido que esteve no poder durante oito anos no Palácio Anchieta. No entanto, essa estratégia também serve para enfraquecer um partido rival que lidera a cidade mais importante do estado.

O sucesso dessa estratégia dependerá da capacidade do PSB em reunir aliados das mais diversas ideologias para competir efetivamente com Pazolini e seu controle sobre a máquina administrativa e suas conquistas políticas. Tyago Hoffmann não é desconhecido na capital capixaba. Embora tenha conquistado o maior número de votos para deputado estadual em Guarapari (3.949), ele também recebeu uma expressiva quantidade em Vitória (3.641), onde reside, e em Jardim Camburi, bairro onde recebeu 502 votos.

Ao anunciar sua pré-candidatura a prefeito de Vitória, o deputado estadual não terá nada a perder. Pelo contrário, Tyago é um dos nomes apoiados por Casagrande para uma vaga no Congresso em 2026 – a menos que seja eleito prefeito, é claro. No entanto, mesmo que não assuma o cargo de chefe do executivo municipal, sua popularidade aumentará consideravelmente diante do público em geral.

Para as eleições de 2026, o PSB provavelmente não contará mais com a presença de importantes figuras como Paulo Foletto. Assim, serão necessárias personalidades mais conhecidas nas urnas, como Tyago Hoffmann e Freitas, atual CEO do Departamento de Edifícios e Estradas do Estado (DER/ES). É importante ressaltar que essa associação também implica em um alto custo político envolvido com o Partido dos Trabalhadores.

Com informações do site PSB – Partido Socialista Brasileiro