No dia 19 de setembro de 2023, ocorreu o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Educacional promovido pela Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação), onde o Ministro da Educação, Camilo Santana, concedeu uma entrevista. O tema abordado foi “Que sociedade queremos? O jornalismo educacional no debate nacional”.
Durante a entrevista, Camilo discutiu diversos pontos importantes relacionados à educação, como as mudanças no ensino médio, o futuro do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os objetivos do Compromisso Nacional pela Alfabetização Infantil.
Em relação às mudanças no ensino médio, um projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional em setembro deste ano. Esse projeto visa modificar o modelo atual através de uma consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio. As principais alterações incluem o retorno a uma carga horária de 2.400 horas para a educação geral básica, reduzindo o tempo oferecido para as disciplinas eletivas, além da oferta de educação técnico-vocacional em período integral.
O objetivo dessas mudanças é garantir a permanência dos estudantes na escola, especialmente aqueles que precisam trabalhar para sustentar suas famílias. Atualmente, mais de 13% dos estudantes do ensino médio abandonam a escola por essa razão. O novo formato entrará em vigor apenas em 2025 para permitir que os estados se adaptem às transformações propostas.
Em relação à educação técnico-vocacional, foi mencionado um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) chamado “Education at a Glance 2023”. Esse relatório aponta o Brasil como o terceiro pior país em termos de investimentos por aluno. Além disso, apenas 11% dos estudantes brasileiros do ensino médio estão matriculados em programas vocacionais, enquanto a média entre os países membros da OCDE é de 37%. Camilo ressalta que essa modalidade de ensino é uma das melhores opções para o ensino médio, oferecendo tempo integral na escola, formação e desenvolvimento para os jovens.
De acordo com a Meta 11 do Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deveria oferecer, até 2024, 5,2 milhões de matrículas em educação vocacional, com pelo menos metade das vagas disponíveis em escolas públicas. No entanto, os dados coletados em 2020 ainda mostram que estamos distantes desse objetivo.
Sobre o futuro do Enem, não haverá mudanças nos próximos dois anos. A discussão sobre esse tema fará parte do novo Plano Nacional de Educação, que será reestruturado a partir de 2024.
Em resumo, as inovações educacionais discutidas no congresso incluem mudanças no ensino médio para garantir a permanência dos alunos na escola e promover a educação técnica como opção viável. Além disso, foi destacada a necessidade de investimentos nessa área e a discrepância do Brasil em relação aos demais países membros da OCDE. O futuro do Enem será debatido futuramente dentro do contexto do novo Plano Nacional de Educação.
| Data | Evento | Destaque |
|---|---|---|
| 19 de setembro de 2023 | 7º Congresso Internacional de Jornalismo Educacional | Ministro da Educação, Camilo Santana, concede entrevista |
| – | Tema | “Que sociedade queremos? O jornalismo educacional no debate nacional” |
| – | Mudanças no Ensino Médio | Projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio |
| – | Objetivos do Compromisso Nacional pela Alfabetização Infantil | Garantir a permanência dos estudantes na escola e reduzir o abandono |
| – | Educação técnico-vocacional | Brasil é o terceiro pior país em investimentos por aluno e apenas 11% dos estudantes estão matriculados em programas vocacionais |
| – | Futuro do Enem | Não haverá mudanças nos próximos dois anos |
Com informações do site Porvir.
