MEC vai anular questão do Enem repetida de edição de 2010
No último domingo, dia 12, ocorreu o segundo dia de exames do Enem 2023. No entanto, o Ministério da Educação (MEC) declarou que uma das questões será anulada devido à falta de originalidade. A pergunta em questão foi utilizada anteriormente na edição do exame em 2010.
A pergunta solicitava aos candidatos que interpretassem um gráfico sobre os grupos mais expostos ao vírus H1N1 e sua baixa cobertura vacinal. Vale ressaltar que a estrutura do Enem determina o uso exclusivo de perguntas inéditas.
A repetição desta pergunta específica do teste amarelo deste ano já havia aparecido nos exames aplicados em 2010 para presidiários com os mesmos dados e informações. Essa repetição foi identificada pelos professores da SAS – Plataforma Educacional.
A escassez no Banco Nacional de Itens (BNI), onde as perguntas do Enem são retiradas, tem sido um problema conhecido há anos e vem sendo alertado pelos funcionários do Inep. Em março do ano passado, a equipe técnica preparou um documento prevendo a possibilidade de utilizar itens usados em edições anteriores para compor o Enem 2022.
No ano passado, a estratégia adotada para lidar com a falta de perguntas novas foi reciclar itens utilizados em anos anteriores. Essas eram perguntas que haviam sido desenvolvidas e pré-testadas, mas não foram incluídas nos exames oficiais por problemas nas informações psicométricas, que são dados estatísticos que permitem calibrar e medir diferentes habilidades dos candidatos. Essas perguntas passaram por correções para se tornarem apropriadas.
Estima-se que cada item do Enem custe entre R$ 2.000 e R$ 3.000 para ser desenvolvido, pois contam com a expertise de uma equipe de especialistas em cada área. Além disso, cada pergunta passa por até quatro revisões antes de ser incluída no exame.
Desde 2009, quando o Enem adotou seu formato atual como um exame de ingresso à universidade, tem havido dificuldades em produzir itens suficientes e adequados para compor a prova. O problema foi ampliado durante o governo de Jair Bolsonaro, pois nos três primeiros anos de sua administração não foram produzidas novas perguntas para o BNI.
Com base nessas informações, fica evidente a importância de questões originais e inéditas no Enem, garantindo igualdade de oportunidades a todos os alunos. Espera-se que o MEC tome as medidas necessárias para corrigir esse problema e evitar repetições futuras de perguntas já utilizadas em exames anteriores.
Notícia | Relatório do MEC invalidará pergunta do Enem 2023 devido à falta de originalidade |
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Data | 12 de dezembro de 2023 |
Resumo | O Ministério da Educação (MEC) informou que uma pergunta do Enem 2023 será anulada por falta de originalidade, pois já havia sido utilizada em 2010. A pergunta em questão tratava da baixa cobertura vacinal do vírus H1N1 em determinados grupos. A escassez de perguntas inéditas tem sido um problema recorrente no Enem, que vem reciclando itens de anos anteriores. Estima-se que cada pergunta do exame custe entre R$ 2.000 e R$ 3.000 para ser desenvolvida. |
Com informações do site UOL.