Em Guarapari, a chegada do verão traz consigo um paradoxo hídrico: apesar de ser banhado por águas oceânicas, o município enfrenta uma escassez de água doce durante os períodos festivos como Natal, Ano Novo e Carnaval. A situação se agrava pela ineficiência na gestão dos recursos hídricos naturais da região, levando à necessidade de práticas poupadoras de água e investimento em sistemas alternativos para armazenagem e uso da água pluvial.
A crise hídrica em Guarapari não é apenas uma questão de falta de água, mas também de gestão e planejamento. Durante os períodos festivos, quando a cidade recebe um grande número de turistas, a demanda por água potável aumenta significativamente, excedendo a capacidade do fornecimento público. Isso resulta em cortes no abastecimento, afetando tanto residentes quanto visitantes.
O canal que desemboca no mar poderia ser uma fonte alternativa de água para usos não potáveis, mas permanece subutilizado. Enquanto isso, a recomendação é que os moradores adotem medidas como a coleta e armazenagem de água da chuva para usos domésticos diversos. Reservatórios robustos, como barris reutilizados do transporte naval, são sugeridos como solução para garantir uma reserva privada em tempos de racionamento.
Estruturas residenciais maiores já possuem sistemas próprios para estocagem hídrica, essenciais durante os picos de demanda. A possibilidade de encher estes reservatórios com água não potável transportada por caminhões-pipa é uma prática preventiva comum.
Desafios Climáticos e Conscientização Ambiental
As oscilações climáticas apresentam desafios adicionais, com tempestades severas exigindo atenção à infraestrutura pública e privada. A limpeza dos sistemas de drenagem é crucial para prevenir inundações e danos causados pelas chuvas intensas.
A conscientização ambiental é outro ponto chave na luta contra a crise hídrica. Garrafas PET e sacolas plásticas frequentemente obstruem canais de drenagem, exacerbando problemas com enchentes. Campanhas educacionais são necessárias para promover um replanejamento urbano que valorize áreas permeáveis em detrimento de pavimentações que impedem a absorção da água pelo solo.
Com as chuvas, surge ainda a preocupação com a saúde pública relacionada ao aumento no número de mosquitos transmissores da dengue. Medidas simples podem ser adotadas pelos moradores para eliminar criadouros do inseto.
O colunista Antônio Ribeiro ressalta que frente aos desdobramentos climáticos adversos e o risco para a recuperação econômica pós-pandemia, Guarapari deve abraçar práticas sustentáveis hídricas para garantir a disponibilidade futura da água. Seu trabalho acadêmico e literário dedicado ao desenvolvimento local reforça o quão vital é a conservação como parte da solução para este paradoxo.
Local | Problema | Soluções Propostas |
---|---|---|
Guarapari | Escassez hídrica em períodos festivos | Armazenagem de água pluvial, uso de reservatórios robustos |
Estruturas residenciais | Demanda alta na temporada turística | Cisternas e tanques adicionais, transporte de água não-potável |
Infraestrutura | Risco de inundações por tempestades | Limpeza de sistemas de drenagem, conscientização ambiental |
Saúde pública | Procriação do mosquito da dengue | Eliminação de criadouros, educação para prevenção |
Colunista | Antônio Ribeiro | Desenvolvimento local e autoria literária |
Com informações do site FolhaOnline.es