Escolas particulares buscam soluções frente às incertezas do ensino médio
A incerteza em relação ao futuro do ensino secundário tem gerado um dilema para coordenadores educacionais, professores, estudantes e suas famílias. O governo tem atrasado na definição de mudanças nessa etapa da educação, o que resulta em escolas privadas lutando para planejar o ano de 2024. Além disso, também existem dúvidas sobre o destino do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), principal porta de entrada para o ensino superior. Com muitos cenários possíveis, cada escola lida com a indecisão à sua maneira.
A nova educação secundária foi aprovada em 2017 e entrou em vigor em 2022. Essa nova abordagem incluiu 1.800 horas para matérias regulares e 1.200 horas para caminhos formativos, onde os alunos escolhem uma área de especialização. Contudo, o governo revogou o cronograma de implementação da nova educação secundária e preparou um projeto de lei que aumentaria a carga horária das matérias regulares para 2.400 horas e limitaria o número de caminhos formativos.
O Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou inicialmente que nada mudará no currículo em 2024 e que as alterações no Enem só ocorreriam em 2025. No entanto, ele posteriormente retificou essa informação, declarando que as escolas poderão implementar as mudanças a tempo, caso desejem fazê-lo já a partir do próximo ano.
Diante dessa incerteza, o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, recomendou que as escolas continuem com seus projetos pedagógicos até que a lei seja alterada. Ele afirmou que, quando houver uma definição, mesmo que seja de última hora, as escolas privadas encontrarão uma maneira de se adaptar rapidamente. Já para as escolas públicas, essa adaptação é mais desafiadora e apenas aumenta a lacuna educacional.
Algumas escolas já estão se preparando para possíveis mudanças. O Liceu de Artes e Ofícios em São Paulo está considerando operar com dois currículos diferentes: um novo para o primeiro ano de 2024, com as mudanças definidas pelo MEC, e o atualmente vigente para os segundo e terceiro anos. Outras escolas optaram por ajustar todos os anos de acordo com as novas diretrizes.
No entanto, é importante ressaltar que muitas dessas decisões dependerão dos desdobramentos futuros e das definições do governo. A falta de clareza sobre o modelo educacional causa desconforto nas instituições de ensino, mas elas estão dispostas a se adaptar assim que houver uma resolução final. O planejamento se torna um jogo estratégico complexo diante das incertezas presentes, mas as escolas estão dispostas a encontrar soluções para garantir a continuidade e qualidade da educação dos alunos.
Notícia |
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A incerteza quanto ao futuro do ensino secundário no próximo ano tem gerado um dilema para coordenadores educacionais, professores, estudantes e suas famílias. |
O governo de Lula (PT) atrasou na definição de mudanças nessa etapa da educação, o que resulta em escolas privadas lutando para planejar o ano de 2024. |
Também existem dúvidas sobre o destino do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), principal porta de entrada para o ensino superior. |
A nova educação secundária foi aprovada pelo governo de Michel Temer (MDB) em 2017 e entrou em vigor sob Jair Bolsonaro (PL) em 2022. |
O governo de Lula revogou o cronograma de implementação da nova educação secundária e preparou um projeto de lei que aumentaria a carga horária das matérias regulares para 2.400 horas e limitaria o número de caminhos formativos. |
O Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou inicialmente que nada mudará no currículo em 2024 e que as alterações no Enem só ocorreriam em 2025. |
Posteriormente, ele retificou essa informação, declarando que as escolas e as redes educacionais poderão implementar as mudanças a tempo, caso desejem fazê-lo já a partir do próximo ano. |
O presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, recomendou que as escolas continuem com seus projetos pedagógicos até que a lei seja alterada. |
Algumas escolas já estão se preparando para possíveis mudanças, considerando operar com dois currículos diferentes ou ajustando todos os anos de acordo com as novas diretrizes. |
A falta de clareza sobre o modelo educacional causa desconforto nas instituições de ensino, mas elas estão dispostas a se adaptar assim que houver uma resolução final. |
O planejamento se torna um jogo estratégico complexo diante das incertezas presentes, mas as escolas estão dispostas a encontrar soluções para garantir a continuidade e qualidade da educação dos alunos. |
Com informações do site UOL.