Vizinhos jogam bomba em casa de Candomblé de Vila Velha durante cerimônia
Um relatório recente revela um preocupante incidente de intolerância religiosa ocorrido na residência de Candomblé Ilê Asé Oni Odé Babá Layó, localizada em Itapoera da Barra, Vila Velha. Ogã Natalício Prates de Morais Júnior, esposo da líder espiritual Yalorisá Lis Maria da Silva Ferreira Prates, foi quem apresentou o Relatório de Ocorrência (RO) documentando os fatos.
Na última quinta-feira (5), durante um ritual realizado na residência, uma explosão foi ouvida após a arremessão de uma bomba no quintal dos fundos. A ação causou cheiro de fumaça e gerou grande preocupação entre os presentes. Além disso, os vizinhos aumentaram o tom de voz e um homem idoso foi chamado para conversar insinuando que haveria agressões.
De acordo com Natalício, os vizinhos justificaram suas ações afirmando que o ritual estava gerando barulho. No entanto, ele questiona as possíveis consequências se a bomba tivesse atingido uma criança ou um convidado. Em vez de recorrer à violência, seria mais adequado que eles entrassem em contato para expressar sua insatisfação ou acionassem as autoridades competentes.
Consciente das experiências negativas vivenciadas por outras residências de Candomblé que enfrentaram ataques ainda mais graves, Natalício optou por registrar o RO antes que a situação se agravasse. Ele também buscou se aproximar dos outros vizinhos para verificar se o barulho causado pelo ritual era incômodo para eles. Segundo Natalício, todos afirmaram unanimemente que não se sentiam perturbados.
O relatório menciona ainda que um vizinho chegou a entrar na garagem que levava ao espaço ritual durante uma cerimônia, mas rapidamente saiu. O documento registra também o arremesso de pedras em seu veículo, o qual sofreu danos na carroceria, janelas e interior. Anteriormente, um homem desconhecido já havia ameaçado incendiar a residência.
Posteriormente, mais duas bombas foram lançadas, aumentando o medo e interrompendo a cerimônia. Algumas pessoas decidiram deixar o local por temerem um possível ataque. Na tentativa de identificar os responsáveis pelos incidentes, Natalício e outras pessoas subiram ao terraço e visualizaram dois vizinhos confessando terem lançado as bombas. Ao serem questionados sobre seus motivos, eles até inverteram a situação perguntando por que isso seria um problema para eles.
Diante desses eventos alarmantes, é imprescindível que medidas sejam tomadas para garantir a segurança da residência e prevenir futuros episódios de intolerância religiosa. A investigação policial se faz necessária para identificar os culpados e responsabilizá-los pelas suas ações. Além disso, é fundamental promover o diálogo entre as partes envolvidas para buscar uma convivência pacífica e respeitosa entre vizinhos de diferentes crenças religiosas.
Resumo da Notícia |
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Um relatório recente revela um preocupante incidente de intolerância religiosa ocorrido na residência de Candomblé Ilê Asé Oni Odé Babá Layó, em Itapoera da Barra, Vila Velha. |
No último dia 5, durante um ritual realizado na residência, uma bomba foi arremessada no quintal dos fundos, causando uma explosão e gerando preocupação entre os presentes. |
Vizinhos aumentaram o tom de voz e um homem idoso foi chamado para conversar, insinuando possíveis agressões. |
Ogã Natalício Prates de Morais Júnior registrou um Relatório de Ocorrência (RO) documentando os fatos. |
Natalício questiona as possíveis consequências se a bomba tivesse atingido uma criança ou um convidado, ressaltando que a violência não é a solução. |
Ele buscou se aproximar dos vizinhos para verificar se o barulho do ritual era incômodo para eles, e todos afirmaram unanimemente que não se sentiam perturbados. |
O RO registra também o arremesso de pedras no veículo de Natalício, que sofreu danos na carroceria, janelas e interior. |
Dois vizinhos confessaram ter lançado as bombas e questionaram por que isso seria um problema para eles. |
Medidas devem ser tomadas para garantir a segurança da residência e prevenir futuros episódios de intolerância religiosa. |
A investigação policial é necessária para identificar os culpados e responsabilizá-los pelas suas ações. |
O diálogo entre as partes envolvidas é fundamental para buscar uma convivência pacífica e respeitosa entre vizinhos de diferentes crenças religiosas. |
Com informações do site Século Diário.